A internet costuma ser vista como diversão da garotada. Não é mais assim. As pesquisas mostram que todos os adultos no mundo, inclusive aqueles com idade próxima à aposentadoria, já rivalizam com os jovens na quantidade de horas passadas diante da internet, conforme mostra reportagem da revista Veja desta semana .
Uma pesquisa recente do Instituto americano comScore, feita em 170 países, que abrigam 1,35 bilhão de pessoas conectadas à rede, expôs as cifras que provam o fenômeno. Em números globais, os jovens de 15 a 24 anos passam, em média, 24 horas por mês ligados à rede. Os adultos de 45 a 54 anos permanecem mais tempo: 26 horas. As pessoas com mais de 55 anos passam tanto tempo quanto os jovens: 24 horas mensais. Do ponto de vista estatístico, pode-se dizer que hoje, no mundo, as pessoas de todas as idades estão igualmente conectadas à rede.
O levantamento da comScore aponta as peculiaridades de cada país no que diz respeito ao tempo gasto na internet. A grande surpresa são os EUA, onde o número de adultos ligados à rede disparou em relação ao dos jovens. Estes, na faixa de 15 a 24 anos, passam 33 horas por mês conectados, contra 41 horas entre as pessoas na faixa de 45 a 54 anos. No Brasil, os jovens ainda dedicam mais tempo à rede: 30 horas mensais, na faixa entre 15 e 14 anos, contra 23 horas dos adultos na faixa dos 45 e 54 anos.
Os especialistas avaliam que é questão de tempo (pouco) para que os brasileiros mais velhos igualem ou superem os jovens na quantidade de horas de navegação. Segundo o diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas, Ronaldo Lemos, os serviços oferecidos pela internet se ampliam num ritmo espetacular. “Hoje, há exibição de filmes, programas de TV, execução de músicas de todos os gêneros. Os mais velhos já descobriram a possibilidade de encontrar os amigos virtualmente, por meio dos sites de relacionamento, e de se informar sobre questões de saúde. Toda essa oferta é irresistível“.
George Andrew Carle, especialista da Universidade George Mason, na Virgínia, disse a VEJA que, nos EUA, a procura pela internet por parte da população com mais de 50 se deve também a uma característica daquele país. Quando os jovens adultos iniciam a universidade ou a vida profissional, é comum que mudem para outras cidades, ás vezes longe de onde moravam. “ Os programas de mensagens e as redes sociais se tornaram recursos indispensáveis para se comunicar com os filhos, ver suas fotos, acompanhar sua vida. Ninguém mais quer fazer isso pelo correio”, diz Carle.
Fonte: Revista Veja – Edição de 25/05/2011.
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